Perfil: Arquiteto e Urbanista Leonnard Teixeira – Delegado do CAU/MS em Campo Grande, região da Gameleira
Eles possuem como função principal representar o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul, cabendo-lhes desempenhar as atividades e atribuições que lhes forem designadas através de expediente da Presidência. Os delegados do Conselho de Arquitetura e Urbanismo não são remunerados para isso, pois a função é honorífica, no entanto, o trabalho que desempenham possui múnus público.
A primeira portaria normativa baixada pelo presidente do CAU/MS, o arquiteto e urbanista Osvaldo Abrão de Souza é bem clara quanto as funções que podem ser desempenhadas pelos delegados e diretores de sub sede nomeados.
Ademais, a atuação do delegado e diretor de sub sede nada mais é do que a apropriação democrática do órgão público pela classe profissional destinatária dele. Nesse raciocínio, importa que cada vez mais o arquiteto e urbanista tenha valorizada a profissão que desempenha, bem como esta possa contribuir para toda a sociedade.
Questões como sustentabilidade, acessibilidade estão em voga e precisam ser pensadas por quem tem como compromisso “projetar os espaços para a vida, para o bem estar da coletividade, tendo como pressuposto as questões da ética profissional, buscando, ainda, a universalização do acesso a um “habitat” adequado e moradia digna, por meio de soluções compatíveis com a natureza da demanda Socioeconômica de todos os grupos que compõem a nossa sociedade, para que esse direito à moradia seja para todos, o direito de se ter um lugar para se viver, sonhar e morar com dignidade, alegria e esperança”, conforme o juramento que fizeram quando alcançaram a graduação.
Para explicar um pouco sobre a função de delegado do CAU/MS, entrevistamos o arquiteto e urbanista Leonnard Lopes Teixeira, que falou ao site do conselho sobre essa experiência.
1 – Como foi que se deu a sua nomeação?
A minha nomeação de delegado de escritório do CAU/MS partiu de um convite vindo do assessor especial da presidência Luis Eduardo Costa, o qual foi meu professor de algumas disciplinas na época que eu cursava a universidade. Recebi uma ligação do mesmo e me senti muito honrado em ser lembrado e na confiança depositada para trabalhar junto ao Conselho visando a valorização profissional, consolidação do conselho e melhorias necessárias na nossa profissão. Após isso recebemos um primeiro treinamento junto com os demais delegados de suas respectivas regiões urbanas e cidades.
2 – O que você pensa sobre a função de delegado de escritório?
O Conselho tem que se fazer presente junto aos seus, e pra isso busca parcerias. Creio que é importantíssimo o papel do delegado no processo em que o Conselho constrói tentáculos visando ter um maior alcance de suas ações. A função do delegado de escritório visa dar maior permeabilidade ao CAU em âmbitos que se fazem necessários, tanto no político quanto social. Passamos por um grande avanço técnico-científico nas últimas décadas e ainda estamos nesse processo. A tecnologia ajuda e muito o Conselho a difundir ideais e parâmetros para um bom desenvolvimento da qualidade de vida nossas cidades, mas nada substitui o lado humano enquanto colaboradores, funcionários, servidores. Há muito trabalho pela frente para se construir um conselho forte e que faça o melhor quanto a orientação, direcionamento e conscientização do poder executivo e da própria população para que se entenda a importância do profissional Arquiteto e Urbanista para resultados mais eficazes no planejamento urbano por exemplo.
3 – Desde a implantação do CAU várias ações foram tomadas pelo Conselho, entre elas o Código de
Ética e Disciplina Profissional para Arquitetos e Urbanistas, a Tabela de Honorários entre outros. Como você avalia a questão da valorização profissional e a atuação do conselho, representando os interesses dos arquitetos e urbanistas e da sociedade como um todo?
A legitimidade de uma entidade profissional só se dá através da defesa de princípios e valores que são essenciais para a manutenção das relações de vida. Precisamos de leis, precisamos ser guiados para não culminar no caos. Tais leis tem que ser justas para esses profissionais e para a sociedade como um todo. Na essência um conselho presta um essencial serviço de cobrar que sejamos éticos no realizar de nossas funções para nossa própria proteção e proteção daqueles que confiam no nosso trabalho. Iniciativas de criar ferramentas acessíveis e leis que guiem seus afiliados são grandes passos dados pelo CAU, mas creio que a grande chave ainda é buscar cada vez mais que os profissionais saibam e se conscientizem que tem todas essas ferramentas disponibilizadas e não grades ao seu redor.